Pular para o conteúdo

Início > SOBRE

"Dançando a pessoa mostra o que está claro e o que está escondido"

As memórias de sua vida espiritual antes do nascimento sempre povoaram a infância de Júlia Signer, que veio ao mundo terreno no dia 3 de junho de 1980. Seu pai profetizou sua missão ao nascer, quando, segundo suas palavras, ¨o vento soprou forte, a chuva caiu pesada, o mar bateu alto na praia, e as árvores se dobraram. Era como se toda a natureza a manifestasse, intensa e esplendorosa¨.

Júlia sempre viveu ¨lá e cá¨, tamanha a presença da espiritualidade ao longo de sua vida. Quando chegou a hora de escolher sua formação profissional, a criatividade nata a levou para o caminho do Cinema. Iniciou o curso na FAAP (SP) e foi lá que, em 2000, após um amigo a levar para uma prática de Kriya Yoga com o método Babaji, ela foi iniciada e passou a praticar e meditar diariamente, rotina que mantém até os dias de hoje. Após a iniciação, fez a formação em Hatha Yoga Tantra Shivaísta, com Carmem Perez, mas seu primeiro contato na vida com a prática foi na Associação Palas Athena, sob a orientação do professor Marcos Rojo.

(QUEM É JÚLIA) 

Nos primeiros anos de faculdade, Júlia também foi convidada a filmar uma palestra sobre Medicina Quântica e, pela primeira vez, acessou saberes que a atravessaram de forma inédita, pois entendeu que todas as suas experiências divinas não eram imaginárias, mas reais. O chamado espiritual falou mais alto ao completar 21 anos, quando decidiu sair da casa dos pais, trancar a faculdade de Cinema, e entregar-se ao divino por completo, indo viver de luz  com um grupo de amigos, na cidade de Búzios (RJ). Percebendo o seu avanço espiritual, os amigos quiseram montar um templo para que ela os iniciassem em seus ensinamentos, mas ela achou que não tinha idade para tamanha responsabilidade e acabou deixando a cidade.

Aos pais, Júlia prometeu que terminaria a faculdade de Cinema, mas, antes disso, passaria seis meses na sua casa de veraneio, na praia de Itacoatiara. Era o ano de 2002. Um ano antes, ela conheceu a professora de Hatha Yoga, Fatima Santos, e passou a penetrar mais diretamente no aprendizado das energias, da auto-observação e do autoconhecimento, reconhecendo as forças da natureza, e vivendo e experienciando todos os sentimentos em uma troca profunda e diária.

A aproximação com o Budismo Tibetano teve início nessa mesma época, quando passou a frequentar o grupo de estudos Shunya, com o professor Flavio Cardoso, que lhe apresentou aos textos de Chogyal Namkhai Norbu Rinpoche, mestre em ensinamentos sobre Dzogchen, tantrismo budista, yantra yoga e budismo em geral.

Ao conhecer a Yantra Yoga (Dzogchen), e compreender sua profundidade, Júlia soube que esse era o seu caminho e estudou profundamente meio que por conta própria. Teve acesso aos textos, frequentou retiros na Itália, com o professor Fabio Andrico, e teve uma ampla formação através dos ensinamentos do mestre Chogyal Namkhai Norbu Rinpoche. Em 2004, quando o conheceu pessoalmente em Córdoba, na Argentina, Júlia se aproximou mais intimamente e obteve orientações diretas (orais e espirituais) que a cacifaram a atuar como mestra yogini. Seu treinamento sempre foi muito personalizado, com práticas de meditação e visualização, e viagens a Argentina e a Itália, onde os encontros presenciais com o mestre Norbu permitiram um aprofundamento ainda maior nos ensinamentos sagrados que até então não existiam nem nos escritos.

Após anos de aprendizado, Júlia decidiu se afastar do mestre e trilhar o seu próprio caminho.  Nesse período, percebeu que a doutrina lhe fornecia ferramentas de pré-iluminação e pós-iluminação, mas não ensinava como alcançar a iluminação. Então, ela foi em busca de uma linhagem que lhe desse essas ferramentas. E foi assim que ela encontrou o sistema Isha. Após passar sete meses na Colômbia, voltou para o Brasil e decidiu utilizar a técnica para alcançar a própria iluminação, o que aconteceu no carnaval de 2007.

Guiada pelos ensinamentos do Budismo Tibetano, Júlia manteve os templos-escola Lótus Urbano, em São Paulo, entre os anos de 2009 a 2015, e Lótus Mar, desde 2015 até hoje , onde lecionou ioga tibetana e oferecia massagens terapêuticas com o foco espiritual, e desde 2020 o foco se tornou a dança. Chegou a criar uma própria linhagem, Esmeralda, através da qual orientou inúmeras pessoas no caminho da espiritualidade. Além de ter feito Mestrado em Ciências da Religião na PUC SP, onde analisou o estado espiritual iluminado pela visão psicológica.

Filha de mãe israelense, também foi orientada a buscar os ensinamentos da Cabala, prática do misticismo judaico que explora a relação entre o eterno e o finito, o divino e o criado. Chegou a ir para Israel para aprofundar melhor esses ensinamentos. Já o Tarô entrou na sua vida aos 11 anos, quando ganhou de presente um baralho espanhol. Intuitivamente, começou a colocar as cartas e fazer adivinhações mesmo sem nenhuma técnica, com espontaneidade e a espiritualidade que sempre lhe guiou. A prática profissional começou somente tempos depois, ao conhecer o baralho cigano, com quem ela se identificou à primeira vista e passou a estudar assiduamente.

(O MUNDO) 

(A DANÇA) 

Em 2017, Júlia recebeu a mensagem de uma professora de dança via Facebook, dizendo ter recebido um chamado da espiritualidade para dar aulas em Itacoatiara, lugar que, a princípio, ela mesma nem sabia onde ficava. Por achar a história esquisita, a princípio, Júlia não deu muita atenção, mas, após muita insistência, convidou a professora, Graziela Calis, para conhecer o Templo Lótus Mar.

Bastou um movimento da Tribal Fusion para Júlia se encantar por completo e decidir enveredar pelos ensinamentos daquela que conheceu por obra do divino. Passou um tempo estudando a prática com Graziela, mas descobriu por conta própria uma escola de dança americana, Dantura online, onde ela passou a estudar também virtualmente. Foi lá que conheceu a professora de bellydance, Zoe Jakes, que ia dar um retiro no Hawai. Júlia fez as malas, foi para o retiro e ficou encantadíssima com o que viu, trazendo de volta para o Brasil uma série de novos aprendizados sobre a prática.

Algum tempo depois, Graziela deixou a Lótus Mar, onde dava aulas de dança regulares, e na busca por outra professora, Júlia conheceu a Telassin Alshira, professora de dança do ventre com quem passou a fazer aulas da modalidade por achar seus movimentos muito bonitos. Nessa época, ao participar de um festival de dança, conheceu a dançarina Jill Parker e ela lhe orientou que, se a sua ideia era enveredar pela Tribal Fusion, o ideal era realmente se aprofundar, primeiro, na dança do ventre. Por isso, em janeiro de 2020, antes de estourar a pandemia, ela decidiu estudar com a dançarina Mahaila El Helwa. Foi somente uma semana, mas essencial para que ela descobrisse verdadeiramente a beleza da dança.

Nessa mesma época, Júlia entrou em um curso de formação com a dançarina Joline Andrade e, de volta aos Estados Unidos, participaram juntas do Massive Tribal Festival, em Las Vegas. Na pandemia, Júlia iniciou uma verdadeira peregrinação para se aprofundar na dança do ventre e, a partir daí, estudou em aulas online com as dançarinas Jade El Jabel, Gisella Daher, Marcia Dib, Kahina BellyDance, Ju Marconato, Elis Pinheiro e Nahla Morani. Com a dançarina Yasmin Nammur, descobriu a Dança Persa. Com a dançarina Anusha Shakti, estudou dança indiana. Ainda estuda mesmo já sendo profissional. Tirou seu DRT em 2022. 

Com todas essas referências, Júlia foi se descobrindo aos poucos, buscando na dança o sagrado que sempre se revelava em todas as suas práticas místicas. Em um retiro, teve uma visão em que estava dançando com luzes/energia saindo de dentro dela e essa energia ¨puxava¨ a energia das suas espectadoras, o que mostrou a ela, definitivamente, o propósito da dança em sua vida: abençoar e despertar as mulheres. No idioma tibetano, o termo Dakini significa “aquela que atravessa o céu” ou “a que se movimenta no espaço”. Também se refere à “bailarina celeste” ou “andarilha celeste”. A meditação transcendental também lhe trouxe a certeza da presença das divindades na sua dança, inspirando o amor, a beleza, a sabedoria, a música e as artes.

Demorou 7 anos para ela conseguir escutar, e uma vez que a energia ficou clara, começou a produzir sabedoria com a energia! Criou a Dança Mística Oriental, e de maneira alguma se julga inventora disso, apenas a Júlia revela aqui que já está ali e todo mundo sente.

Nessa vertente da Dança, a Júlia utiliza a própria dança como um caminho espiritual. Quando se dança, se sente a energia e assim produz-se mais energia através dos movimentos. O desenvolver dessa habilidade é se conectar com a energia do público, a partir dessa união energética, a dançarina eleva as energia presentes, como também revela e cura energias escondidas e doloridas.

Desde 2020 produz seus próprios espetáculos solos como também participa de shows coletivos e festivais. Produziu e criou junto a dois músicos a trilha sonora ” Ajay”, o álbum disponível em todas as plataformas digitais. Ajay é um espetáculo que ainda não foi estreado. Na sua trajetória pessoal, a Júlia desenvolveu alguns espetáculos de dança de caráter narrativo, contando histórias através da dança. Todos com músicas ao vivo ou produzidas para o espetáculo.

Desde 2023 ensina a Dança pelos caminhos mágicos da energia que floresce a beleza do corpo, da mente, da emoção e da alma.

É proprietária do Lótus Mar, um studio e templo de dança em Itacoatiara, Niterói, RJ. No qual promove aulas, espetáculos e retiros.

(HOJE) 

2
plugins premium WordPress